Efeitos Nocivos da Nicotina

Avaliação 0.00 (0 Votos)

A nicotina é uma droga estimulante que mais causa dependência. O hábito de fumar é responsável por mais mortes do que todas as outras drogas psicoativas juntas. O consumo pode conduzir a uma elevação do ritmo cardíaco e da pressão arterial, sendo um fator de risco para seis das oito causas principais de morte no mundo: doenças cardíacas isquêmicas, acidentes vasculares cerebrais, infecções das vias aéreas inferiores, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), tuberculose e cânceres de pulmão, traqueia e brônquio.


De acordo com a OMS, o consumo de tabaco em qualquer forma (cigarro, cachimbo, rapé), é responsável por 90% de todos os cânceres de pulmão. É um dos principais fatores de risco comuns para as doenças não-transmissíveis, que matam 40 milhões de pessoas por ano – o equivalente a 70% de todas as mortes em todo o mundo, sendo 15 milhões delas com idade entre 30 e 69. Mais de 80% dessas mortes prematuras ocorrem em países de baixa e média renda.


Mulheres tabagistas têm mais chance de gerar filhos com baixo peso e sofrer de aborto durante a gestação ou partos prematuros. Fetos de mães fumantes estão expostos às mesmas substâncias que a mãe e indiretamente também estão “fumando”.


Também traz prejuízos para a saúde daqueles que são fumantes passivos. São pessoas que convivem com fumantes e que inalam a fumaça decorrente da queima do cigarro ou a fumaça que foi exalada por alguém. Estes fumantes passivos, assim como os fumantes ativos, também têm maiores chances de desenvolver câncer de pulmão na idade adulta e problemas respiratórios, como asma, quando crianças. Desta forma, o malefício que o tabaco causa vai além de uma complicação individual, mas atinge a sociedade como um todo, especialmente os familiares que muitas vezes são expostos diariamente à fumaça do tabaco.


A poluição da fumaça contribui para a concentração e exposição de partículas cujos componentes químicos são tóxicos ou cancerígenos, comprometendo significativamente a qualidade do ar.


Referencias:

CARLINI, E.A.; NAPPO, S. A.; GALDURÓZ, J. C. F.; NOTO, A. R. Drogas Psicotrópicas – O Que São E Como Agem. Revista IMESC, v.3, p. 9-35, 2001.

FONSECA, A. Tabaco e Tabaquistas. Arq Med, v.21, n.5-6, p.183-193, 2007.

Relatório da OMS sobre a epidemia mundial de tabagismo, 2017. Disponível em: 

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5463:relatorio-da-oms-revela-drastico-aumento-na-ultima-decada-de-politicas-de-controle-do-tabaco-que-podem-salvar-vidas&Itemid=839, acesso em 22 julho de 2018.

ROSEMBERG, J. Nicotina: droga universal. Rio de Janeiro: INCA, 2004.

SEELIG, M. F.; CAMPOS, C. R. J.; CARVALHO, J. C. A ventilação e a fumaça ambiental de cigarros. Ciência saúde coletiva, Rio de Janeiro, vol. 10, Supl., p. 83-90, set.-dez. 2005.