Doenças sexualmente transmissíveis: HPV e Herpes

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As doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) são transmitidas quando há sexo sem camisinha com uma pessoa infectada. Muitas dessas doenças agem sorrateiramente, ou seja, não apresentam sintomas; já outras apresentam sinais como: feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. As DST's mais populares no Brasil são: HPV, herpes, sífilis, gonorreia, clamídia, AIDS.


1- HPV


É uma DST causada pelo Papiloma vírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 200 tipos de HPV e alguns deles podem causar câncer, principalmente no colo do útero e no ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer.


Conforme o tempo passa, entre 80 e 90% da população já entrou em contato com o vírus alguma vez na vida, mesmo que não tenha desenvolvido lesão. Mas é importante lembrar que mais de 90% das pessoas conseguem eliminar o vírus do organismo naturalmente, sem ter manifestações clínicas.  


O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feito por todas as mulheres.


A principal forma de transmissão é pela via sexual, que inclui o contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, a infecção pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Para a transmissão, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas, mas quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior.


A infecção pelo HPV normalmente causa verrugas de tamanhos variáveis. Nos homens, é mais comum na cabeça do pênis e na região do ânus. Nas mulheres, os sintomas mais comuns surgem na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. As lesões também podem aparecer na boca e na garganta. Qualquer pessoa pode estar infectado pelo vírus sem apresentar sintomas.


Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é preciso procurar um médico, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado.


O HPV é uma doença que costuma assustar, principalmente devido à sua relação com o câncer. No entanto, se o HPV for detectado precocemente, ele é altamente tratável. Além disso, ele não funciona como o vírus do herpes, que o corpo nunca mais elimina e continua se manifestante sempre que a imunidade cai. O HPV costuma ser eliminado completamente do organismo após um ano e meio ou dois anos, principalmente nas pessoas mais jovens.


O uso da camisinha é uma proteção importante para evitar a transmissão do HPV e não deve ser esquecida mesmo durante o sexo anal ou sexo oral.


O parceiro ou parceira de alguém diagnosticado com HPV deve ir ao médico para investigar se também tem a doença. Caso haja alguma lesão é preciso que ele também se trate, para evitar os perigos da doença, bem como não transmiti-la novamente ao parceiro já diagnosticado.


2- Herpes


Herpes é uma doença contagiosa causada por 2 tipos distintos de vírus: o Herpes Simplex 1 (HSV1) e o Herpes Simplex 2 (HSV2). É caracterizada pelo aparecimento de pequenas bolhas (vesículas) que afetam principalmente os lábios e a região genital. Contudo, qualquer outra parte do corpo pode ser afetada.


O herpes oral (HSV-1) geralmente é transmitido na infância, mas, pode se espalhar da boca aos genitais durante o sexo oral.


O herpes genital (HSV-2) é transmitido por contato sexual (oral, anal ou vaginal) e é mais comum na vagina.


Aproximadamente uma em cada quatro mulheres está infectada. Já no caso de homens, aproximadamente um em cada oito homens possui a doença.


Os fatores que aumentam o risco de contrair o vírus são:

Ter mais de um parceiro sexual.

Manter relações sexuais sem camisinha.


Muitas vezes, as pessoas não sabem que foram infectadas com os vírus do herpes genital, porque é comum que a doença não apresente sinais ou sintomas. Mas, quando os sintomas aparecem a pessoa infectada pode ter:

Dores e irritação que surgem de dois a dez dias após o contágio.

Manchas vermelhas e pequenas bolhas esbranquiçadas alguns dias após a infecção.

Úlceras na região genital, que podem sangrar e causar dor ao urinar.

Cascas que se formam quando as úlceras cicatrizam.


Essa doença é caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas na região genital, que se rompem formando feridas e desaparecem sozinhas. Antes do surgimento das bolhas, pode haver sintomas como formigamento, ardor e coceira no local, além de febre e mal-estar. As bolhas se localizam principalmente na parte externa da vagina e na ponta do pênis. Após algum tempo, porém, o herpes pode reaparecer no mesmo local, com os mesmos sintomas.


Por ser muito contagiosa, a primeira orientação dada a quem tem herpes é uma maior atenção aos cuidados de higiene: lavar bem as mãos, evitar contato direto das bolhas e feridas com outras pessoas e não furar as bolhas.


Uma vez que pessoa é infectada, o vírus se esconde nas células nervosas e permanece no corpo. O vírus pode permanecer adormecido por um longo período (chamado de latência). A infecção pode se reativar ou piorar a qualquer momento e fatores como o stress físico ou emocional, por exemplo, podem desencadear os sintomas.


Ainda não há cura para herpes genital, mas o tratamento pode ajudar a evitar a recorrência da doença e impedir que ela cause complicações mais graves e que se espalhe pelo corpo.


Se seu parceiro ou parceira estiver infectado com herpes, é melhor evitar qualquer tipo de contato sexual até que a doença esteja sob controle.


Na presença de qualquer sinal ou sintoma dessa DST, é preciso procurar um médico, para o diagnóstico correto e indicação do tratamento adequado. Nunca fure as bolhas e não aplique pomadas no local sem recomendação médica.


Psicologa Magdail Brogna